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terça-feira, 19 de outubro de 2010

AVANÇOS NO FIES


Amanhã 20, o presidente Lula, atende mais uma reivindicação dos estudantes brasileiros, reformulando o Fundo de Finaciamento da Educação Superior FIES.

Estaremos presentes no ato de lançamento e traremos mais informações ao longo da semana

sábado, 16 de outubro de 2010

UNE e UBES participam de ato pró-Dilma




Estudantes, trabalhadores da educação e professores, entre outras pessoas, se reuniram em São Paulo no evento que comemorou também o dia do professor; na oportunidade a candidata recebeu a plataforma dos estudantes para as eleições




"Estamos discutindo aqui o que interessa para o Brasil", afirmou a candidata à presidência Dilma Roussef (PT) diante de uma platéia repleta e eufórica por ouvir suas propostas. Assim tinha início o ato de apoio à candidatura de Dilma: "Educação, Juventude, Ciência e Tecnologia”.

Os presidentes da UNE, Augusto Chagas, e da UBES, Yann Evanovick, entregaram a plataforma de reivindicações dos estudantes. "Foi muito positivo para nós. Ela recebeu e se comprometeu, se eleita, a dialogar conosco com o objetivo de atender as demandas estudantis", disse Chagas.

Educação
Educação foi a palavra de ordem no evento, que contou com as presenças ainda de prefeitos de municípios paulistas, deputados estaduais e federais, os senadores do PT Eduardo Suplicy, Fátima Cleide, Marta Suplicy e Aloizio Mercadante, entre tantos outros profissionais e integrantes de sindicatos e movimentos sociais. Como não poderia deixar de ser, Paulo Freire foi lembrado e homenageado. A viúva do educador, Ana Maria Freire, falou com emoção da expectativa pela vitória de Dilma.

Prouni e juventude
Entre outros convidados especiais, a candidata recebeu no palco a estudante Rosana, de 25 anos, bolsista do Prouni (Programa Universidade para Todos) que contou sua história vitoriosa. Dilma prometeu que não descansará até que todos os jovens tenham acesso à universidade e, citando o Programa como grande modelo de inclusão, afirmou que dará continuidade e ampliará.

Mencionando o Prouni como uma fonte de oportunidade para os jovens, Dilma declarou que mais do que "o futuro", para ela a juventude é o presente do Brasil, e precisa ser valorizada. E convocou essa mesma juventude a ir às ruas com toda energia para disputar votos.

Ciência para avançar
Na presença cientistas e pesquisadores, a petista explicou a importância de o país formar mais especialistas como esses. "O Brasil precisa desses profissionais. Somente com isso poderemos criar empregos de qualidade", ressaltou, lembrando casos de sucesso de instituições como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), entre outras.

Ao final, Dilma prometeu criar uma política para as áreas de ciência e tecnologia, afinal, quando fala de qualidade na educação isso vai "da creche à pós-graduação", disse. E garantiu que em seu governo haverá os recursos necessários para as educação, ciência e tecnologia, com foco no desenvolvimento.

A primeira diretora de Políticas Educacionais da UNE, Laís Gouveia, ficou satisfeita com o posicionamento de Dilma. "Ela falou bastante de algo para o qual lutamos muito: a democratização do acesso à universidade"

No evento, a UNE e a UBES distribuiram cópias das notas/manifestos das entidades, em que explicam a indicação de voto na candidata.

Entidades como a APEOESP (Sindicato dos Professores de São Paulo), CGTB, Contag, CUT, CGTB, MST, SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), entre outras, estavam representadas. Assim como militantes de todo o movimento estudantil secundarista e universitário (UPES, UMES e UEE-SP
www.une.org.br

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eleições 2010 - UNE e UBES indicam voto em Dilma Rousseff




As entidades estudantis afirmam indicam voto à Dilma por acreditarem que é a oportunidade de aprofundar avanços obtidos nos últimos anos




Diante do processo eleitoral em curso no país, a União Nacional dos Estudantes (UNE) convocou sua diretoria plena para reunião realizada em São Paulo no fim de semana dos dias 9 e 10 de outubro. Uma das polêmicas que os estudantes debateram foi o posicionamento da entidade no 2° turno das eleições presidenciais de 2010.

Durante os dois dias de reunião na sede da Apeoesp e no Hotel Linson, com a presença de mais de 200 estudantes, fortaleceu-se a opinião para que a UNE declarasse apoio a uma das candidaturas que estão colocadas. No domingo, dia 10, os mais de 80 diretores da entidade com direito a voto referendaram uma decisão. A UNE aprovou um indicativo de voto para a candidata Dilma Rousseff.

Leia abaixo entrevista do presidente da UNE, Augusto Chagas:

Por que a UNE decidiu se posicionar no segundo turno das eleições?
No primeiro turno apresentamos o projeto UNE pelo Brasil, com a plataforma de reivindicações do movimento estudantil brasileiro aos candidatos. Se naquele momento havia várias pessoas com ideias interessantes para o país, como Marina, Dilma e Plínio, neste momento temos uma divisão muito clara. Neste momento não há duvida: o rumo é de avanço ou retrocesso. A UNE decidiu se manifestar porque a característica principal do movimento estudantil no Brasil é sua disposição de exercer protagonismo nos principais debates e decisões nacionais.

Qual a diferença fundamental entre a candidatura de Dilma e de Serra?
A candidatura de José Serra é a defesa do mesmo projeto dos oito anos de FHC. É uma proposta neoliberal e sabemos que o neoliberalismo foi um verdadeiro desastre para o Brasil. Serra foi um dos principais nomes daquele governo e daquele pensamento. Dilma está do lado do governo que mais criou universidades, vagas e oportunidades para os jovens brasileiros, o governo Lula. Ela representa as 14 universidades federais criadas nestes últimos anos, as mais de 60 extensões universitárias e a duplicação de vagas através do REUNI. Serra representa a visão de Brasil pequeno que não criou nenhuma durante aqueles oito anos. Dilma defende o projeto que criou mais de 700 mil vagas no ensino superior com o PROUNI, enquanto Serra está atrelado a um dos governos mais trágicos para a educação na historia do Brasil. Dilma representa os 15 milhões de empregos criados por Lula, e Serra a estagnação e a submissão dos anos FHC.

Como a UNE dará publicidade à sua opinião? Será lançada alguma campanha?
Daremos toda a publicidade. Lançaremos ainda esta semana uma campanha nacional dando visibilidade a nossa opinião e, principalmente, vamos acionar a militância estudantil em todo o país. Os estudantes devem mais uma vez dar sua contribuição na convicção de que nossas idéias e mobilização contribuem na busca de um Brasil mais justo e desenvolvido. Este e o nosso compromisso maior!



UBES também indica voto em Dilma


A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) também aprovou em reunião de sua diretoria realizada no último fim de semana (9 e 10/10), na sede da entidade, o indicativo de voto na candidata Dilma Rousseff.

Abaixo leia entrevista do presidente da UBES, Yann Evanovick:

Por que a UBES decidiu se posicionar no segundo turno das eleições presidenciais?
Diferentemente do primeiro turno, em que a UBES optou pela neutralidade em respeito à sua pluralidade, a entidade, através da reunião de nossa diretoria, resolveu, por unanimidade, apoiar a candidata Dilma Rousseff. O país tem avançado e ajudado, também, pelas mobilizações dos movimentos sociais. No momento, declarar apoio à Dilma é apostar na continuação do avanço no Brasil em todos os setores.

Qual a diferença fundamental entre a candidatura de Dilma e de Serra?
Com a candidata Dilma Rousseff à frente do nosso país, assim como no atual governo de Lula, o movimento social terá plena certeza que teremos portas abertas para mostrar as nossas reivindicações. Já com o Serra, isso não será bem assim. Exemplo são os professores que nos últimos anos foram tratados na base do cassetete, bem como no governo FHC. Isso sem contar com as políticas do PSDB a favor das privatizações e contra as escolas técnicas.

Como a UBES dará publicidade a sua opinião? Será lançada alguma campanha?
Teremos material próprio de campanha, com panfletos que levarão o eleitor a refletir e comparar os últimos governos, principalmente o do FHC e o presidente Lula.


Nota UNE

Derrotar o retrocesso neoliberal: Dilma Presidente

A União Nacional dos Estudantes tem historicamente se pautado na defesa dos interesses dos estudantes brasileiros, da Educação Pública e da soberania nacional. O faz compreendendo que a autonomia política é fundamental na luta pela construção de um país justo e soberano. Contudo, nos momentos de acirramento da luta política do Brasil, não nos furtamos de tomar posição e somarmos força ao campo mais progressista das forças políticas no país.

Foi assim na experiência da luta contra o nazi-facismo na década de 40, na campanha do “Petróleo é nosso” que culminou com a criação da segunda maior petrolífera do mundo, a Petrobras, na campanha das “Reformas de Base” na década de 60, na resistência contra a ditadura e na redemocratização do Brasil, no “Fora Collor” e na passeata de 16 de agosto de 2005 que segurou nas ruas a tentativa de golpe.

Esse ano não é diferente. Depois de um primeiro turno em que o debate não se aprofundou de forma necessária nos projetos de Nação em disputa, nesse segundo turno temos a chance de fazê-lo e interferir ainda mais no debate. Com o cenário de polarização e o assanhamento das forças políticas mais conservadoras do país, aliadas à grande mídia, faz-se necessário o nosso posicionamento.

Durante os anos de governo FHC, com Serra no Planejamento, a lógica do desmonte do Estado e as privatizações imperavam. O desafio vivido cotidianamente pela universidade pública era o de como não desmoronar. Inúmeras IFES não conseguiam custear sequer sua manutenção. A proliferação de faculdades privadas sem qualquer regulamentação que garantisse qualidade e compromisso social por parte destas foi outra marca daquele período. O atual secretário estadual de Educação de São Paulo, Paulo Renato, era o ministro da Educação do Brasil neste período em que a educação era vista pelo governo federal mais como mercadoria, de um lucrativo negócio, do que como um direito social estratégico para o desenvolvimento nacional. Essa lógica persiste com Serra no governo de São Paulo.

É esse projeto que devemos derrotar. O compromisso dos estudantes brasileiros é com o aprofundamento da Democracia no nosso país e na defesa do protagonismo do Estado brasileiro, pois somente a partir destes é possível que o povo brasileiro interfira nos rumos das políticas públicas no nosso país. Ainda, reafirmamos o nosso compromisso com o investimento de 10% do PIB na educação, impedindo que o retorno de mecanismos de contingenciamento de verbas sejam novamente utilizados como a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Nossa disposição é fazer com que o próximo período sirva para a construção de importantes Reformas Estruturantes no Brasil, que pavimente um profundo ciclo de desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental, mas que também propicie o desenvolvimento humano da sociedade brasileira.

Assim, no ambiente de polarização que se configura na atual quadra política, é fundamental que essa geração tome posição e derrote o setor conservador representado na candidatura de Jose Serra. A Diretoria Plena da União Nacional dos Estudantes, reunida na sede do Sindicato dos Professores de São Paulo - APEOESP - e na presença de lideranças estudantis de todo o país, decide indicar o voto em Dilma Rousseff no segundo turno das eleições para a Presidência da República Federativa do Brasil.

União Nacional dos Estudantes (UNE)
10 de outubro de 2010


Nota UBES

Contra a volta da direita privatista, a UBES quer Dilma presidente

A democracia brasileira, mais uma vez, se encontra numa encruzilhada histórica. Passados pouco mais de 20 anos do fim da ditadura militar, o povo brasileiro mais uma vez é chamado a decidir o destino de nossa Nação.

As eleições brasileiras em 2010 estão polarizadas entre um projeto privatista, que se manteve no poder por longos anos na década de 90, representando um grande retrocesso para a democracia. Tratava-se de um governo que criminalizou os movimentos sociais, sucateou a educação pública, abrindo espaço para o crescimento de universidades sem nenhum critério de qualidade, inclusive às universidades privadas, além de proibir a construção de novas escolas técnicas e vender o patrimônio nacional por meio de privatizações claramente fraudulentas, a exemplo da venda da Vale do Rio Doce.

É interessante ressaltar que essas políticas não se manifestaram apenas em âmbito federal, por onde passam os governos neoliberais e que deixam sua marca negativa. Em São Paulo, o então governador José Serra não negou suas convicções partidárias: a educação pública foi mais uma vez sucateada, tendo inclusive péssimos materiais didáticos (com erros de informações grotescos), aprovação automática, repressão a qualquer manifestação dos movimentos sociais, como no trato à grave dos professores liderada pela APEOESP que foi reprimida com violência pela polícia. Além de suas posições alinhadas ao imperialismo, como sua estreita relação com os EUA e suas políticas de subjugação da América Latina.

Do outro lado se coloca uma forma de governar inaugurada com o Governo do Presidente Lula, o primeiro operário a se eleger para esse cargo no Brasil. Foi aberto o diálogo com os movimentos sociais, que foram inúmeras vezes recebidos pelo Presidente, além das mais de sessenta Conferências Temáticas realizadas nos últimos oito anos, que representaram um importante passo na democratização das decisões governamentais. No âmbito educacional respiram-se novos ares. Mais de setecentas mil pessoas ingressaram no ensino superior através do PROUNI. O REUNI representou uma importante iniciativa na reestruturação e democratização das Universidades Federais. Foram criadas 214 novas escolas técnicas nos últimos oito anos, número superior à quantidade criada em toda a história do Brasil.

Para sanar o débito histórico com o com o povo brasileiro, esses números ainda são pequenos. Defendemos o investimento de 10% do PIB e 50% dos recursos do Fundo Social do pré-sal em educação, o fim do vestibular e o livre acesso à universidade, a democratização dos meios de comunicação, a auditoria na dívida pública, o passe livre, a meia-entrada, a redução da jornada de trabalho para 40h semanais, o limite da propriedade fundiária, a descriminalização do aborto e o fim das opressões.

Ainda assim, compreendemos que entre os projetos e candidatos do segundo turno, somente a candidatura de Dilma Rousseff reúne as condições para avançar ainda mais na construção de um país, justo, democrático e soberano, onde os movimentos sociais possam apresentar suas demandas e disputar os rumos desse novo Brasil que está nascendo. E é por isso que a histórica União Brasileira dos Estudantes Secundaristas mais uma vez colocará os caras-pintadas nas ruas para impedir a volta da direita ao poder.

União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)
10 de outubro de 2010


Projeto UNE pelo Brasil
Estudantes de todo o país se reuniram entre os dias 22 e 25 de abril, no Rio de Janeiro, para o 58º Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg) da UNE, um dos principais fóruns de deliberação do movimento estudantil. Tendo em vista as eleições de outubro deste ano, o objetivo do encontro foi elaborar e definir a plataforma política da entidade para o próximo período. Construída com muita unidade, a proposta final, aprovada pelos mais de 500 delegados presentes, reafirmou a autonomia da UNE diante do processo eleitoral 2010, não declarando apoio a nenhum candidato. Na ocasião, a entidade salientou ainda que os estudantes não ficariam fora do debate e lutariam para que o Brasil não retrocedesse em suas políticas.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Educação superior Exigência de doutorados torna mais rígidas regras para as universidades



As atuais instituições de ensino superior, federais e privadas, para manter o título de universidades, devem oferecer, no mínimo, quatro mestrados e dois doutorados. Caso ainda não ofereçam, têm prazo até 2016 para implantar esses cursos. O mesmo prazo vale para os centros universitários e faculdades que desejam alcançar o status de universidade.

É isso que determina resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) homologada nesta terça-feira, 5, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

A exigência de oferta de mestrado e doutorado integra uma série de regras que passam a vigorar para o sistema federal de ensino superior, que hoje envolve 144 instituições, sendo 58 federais e 86 privadas. As 37 universidades estaduais e as sete municipais não precisam seguir a resolução, porque elas têm regulamentação própria.

Para que as instituições de ensino superior façam as adaptações previstas na resolução, o CNE definiu um período de transição. As atuais universidades que não atendem ao requisito sobre a oferta de cursos de mestrado e doutorado poderão ser recredenciadas, em caráter excepcional, desde que ofereçam, pelo menos, três cursos de mestrado e um doutorado até 2013. Para essas é obrigatório chegar a 2016 com quatro mestrados e dois doutorados.

De acordo com a secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci, o conjunto de regras descritas na resolução complementa o novo marco regulatório da educação superior nacional. Os objetivos, explica, são qualificar a educação superior, estimular as instituições a desenvolver pesquisas e a produzir conhecimento novo. Segundo a secretária de Educação Superior, o prazo de seis anos fixado pelo CNE para o cumprimento das regras é completamente exequível.

O presidente do CNE, Antônio Carlos Ronca, disse que o conselho trabalhou dois anos na definição das regras e que elas são “rigorosas para que não se banalize o conceito de universidade”. Nos 14 artigos, a resolução também trata da qualificação dos professores, da jornada de dedicação exclusiva à instituição, além do ritual que deve ser cumprido no credenciamento de novas instituições e no recredenciamento das já existentes.

O artigo 2º da resolução, por exemplo, define que tipo de instituição pode solicitar sua transformação em universidade: os centros universitários recredenciados e em pleno funcionamento há, no mínimo, nove anos; e as faculdades em funcionamento regular há, pelo menos, 12 anos, que apresentem excelente padrão de qualidade. (Ionice Lorenzoni)

Regras básicas da resolução do CNE – Para requerer o credenciamento como universidade, é indispensável que a instituição tenha um terço do corpo docente com títulos de mestrado ou doutorado. Além disso, deve ter:


Um terço do corpo docente em regime de tempo integral;
Conceito Institucional (CI) igual ou superior a quatro na última avaliação institucional externa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes);
Índice Geral de Cursos (IGC) igual ou superior a quatro na última divulgação oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep);
Oferta regular de, no mínimo, 60% dos cursos de graduação reconhecidos ou em processo de reconhecimento;
Oferta regular de, pelo menos, quatro cursos de mestrado e dois de doutorado reconhecidos pelo MEC;
Compatibilidade do plano de desenvolvimento institucional (PDI) e do estatuto com a categoria de universidade;
A instituição e seus cursos não podem ter sofrido, nos últimos cinco anos, penalidades descritas no artigo 46 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9394/1996.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Reflexões sobre a Inovação e o desenvolvimento do Brasil - por Vasco Rodrigo


O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da ANPG, Vasco Rodrigo, aborda a importância da Inovação Tecnológica para o desenvolvimento nacional. O artigo se insere no contexto de mobilização para a mesa-redonda “Inovação e pós-graduação: um novo paradigma para a pesquisa”, que será realizada com apoio da UFMG durante a 6ª Feira de Inovação Tecnológica (Inovatec), que ocorre em Belo Horizonte de 5 a 8 de outubro


O tema Inovação está cada vez mais na ordem do dia, entretanto nos cabe realizar algumas reflexões no intuito de desanuviar preliminarmente questões tidas pelo senso comum como verdadeiras panacéias ao país. A questão que nos prende e nos deixa mais próximo a opinião vigente repousa no âmbito da importância fundamental em gerar e incentivar pesquisas com foco inovativo. Nessa perspectiva, nossa compreensão em relação à forma em que se vem alavancando a respectiva gênese de Inovação ofusca a centralidade da questão macroeconômica. Por outro lado, cabe-nos uma reflexão a cerca da interrelação a que deva ser ainda mais desenvolvida e potencializada, entre a Universidade, especialmente a pós-graduação, e setor empresarial, público e privado. Seguiremos as três premissas supracitadas no desenvolvimento preliminar do tema proposto.

O processo de integração diferencial dos mercados mundiais estabeleceu a ampliação da lacuna entre os países produtores de bens primários e insumos e os de bens materiais/imaterias de alto valor agregado. A produção de bens por empresas com capacidade de Inovação permite ao país ingressar de forma soberana na contemporânea divisão internacional do trabalho. Todavia, ao visualizarmos uma relativa desindustrialização no cenário brasileiro, nos coloca uma preocupação, mas além disso, um desafio, o de pensarmos a Inovação como instrumento de grande valia ao processo de ganho em valor agregado, ampliação do setor empresarial – renda nacional – e fundamentalmente, propiciar ao país uma absorção qualificada de novos postos de trabalho.

Olhamos com certa inquietude a questão em que os estímulos à inovação tenham sua maior relevância nos estímulos fiscais, o que reproduz uma tendência mundial. Entretanto o cenário brasileiro nos coloca em condições diferentes dos países em que tem utilizado tal mecanismo de estímulo. O primordial é salientar a capacidade de formação de capital financeiro nacional, ou mesmo uma poupança interna que permita grandes investimentos diretos (ID) no âmbito não somente no desenvolvimento de Inovação, mas também em infraestrutura. A questão macroeconômica tem apresentado um cenário pouco atrativo aos ID`s no setor empresarial, visto a condição da política monetária e taxa de juros. Sem dúvida os incentivos fiscais e as compras governamentais representam grande avanço ao salto inovativo a que as empresas necessitam, entretanto não podemos admiti-la como a ferramenta primordia, negligenciando a política macroeconômica.

O desafio que é colocado ao setor empresarial e à universidade, numa relação em que têm que navegar numa mesma direção em igual embarcação. A conjuntura coloca o desafio em que estão designados aqueles atores, no sentido de imbricarem suas atividades de pesquisa e inovação. Nisto os programas de pós-graduação possuem o "know how" e a capacidade de formar e gerar pesquisadores e pesquisas que convirjam em direção à empresa.

Por via de tais reflexões sucintas e preliminares buscamos lançar luzes a importância e centralidade da Inovação ao desenvolvimento soberano a que ao país é tão caro. Entretanto foi necessário lançar o desafio a agentes em que na nossa opinião tem grande importância e capacidade de prover os meios de alçar o desenvolvimento inovativo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Militante da UJS DF é eleita para o Parlamento Juvenil do Mercosul

Patricia de Mattos, 17 anos presidente do Grêmio Homestino Guimares do CEM Elefante Branco e membro da Direção Distrital da UJS, foi eleita no último dia16 para representar o Brasil no Parlamento Juvenil do Mercosul.

O principal objetivo desse projeto é criar meios para que a juventude dos países envolvidos possam debater, problemas e soluções para a América do Sul
Evento muito importante também para um debate mais franco a cerca da onda de desenvolvimento em curso na América do Sul, a tendencia desse processo é ampliar. Para que isso aconteça é necessária uma maior integração do povo sul americano.
''A seleção dos jovens que irão representar o Brasil no parlamento juvenil do MERCOSUL foi extremamente democrática e promoveu o real protagonismo juvenil, tão importante na formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel social.
O parlamento juvenil, além de valorizar o jovem como protagonista de suas ações, é capaz de construir uma relação cada vez mais interativa entre os países componentes do MERCOSUL. Os jovens de cada país terão a oportunidade de conhecer uns aos outros, entender a diversidade de realidades existentes entre os países componentes deste bloco, e de buscar soluções para os problemas que os afligem.
Portanto, a existência de jovens que participem de forma efetiva no bloco irá trazer grandes avanços para todos os países, especialmente na área da educação. O fato de o jovem ser protagonista na transformação de sua realidade é muito diferente de alguém, que não a vive de fato, falar por nós mesmos. Estes avanços serão reais, e irão traduzir a voz de milhares de jovens que almejam a verdadeira educação de qualidade.''
Declara Patricia

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ex-técnico do Flamengo cogita que discriminação racial PODE ter motivado sua demissão. "Pode ou foi?"




Por Maria José Cotrim

Nos campos, correndo com a bola nos pés e mostrando talento: lá estão eles os jogadores de futebol. Em sua maioria, negros. Robinho, Ronaldinho Gaúcho e outros. Dizem que não há área em que o negro seja tão contemplado e participativo do que no futebol...

Neste domingo, 13, o campeão brasileiro pelo Flamengo de 2009, o técnico Andrade deu uma entrevista onde mostrou as vísceras do futebol brasileiro.

Ele ficou sete anos no Flamengo superando 19 equipes no Brasileiro e conseguiu dar uma vitória ao clube depois de 17 anos mas ainda assim foi demitido. Hoje, está a quase cinco meses esperando uma proposta para voltar a atuar.

Sobre a demissão em abril do ano passado...ele revela que não entendeu o porquê, nem ao menos foi lhe apresentado um motivo plausível.Ele atribuiu questões políticas e inclusive a possibilidade de PRECONCEITO RACIAL.

Não há negros no comando dos times da Série A do Brasil: isso é fato! E, nessa hora, justamente nessa hora de buscar uma justificativa para sua saída, o técnico cogita essa possibilidade mas como ele mesmo afirmou na entrevista, prefere não acreditar.

É sempre assim....é característico do senso comum preferir não acreditar que a discriminação racial tá aí solta passando por vários setores e áreas. Não me estranha que ela tenha chegado aos campos de futebol.“ Enquanto houver sol, o sonho continua”, disse o técnico na entrevista onde se emocionou por várias vezes.

O técnico chama atenção para a falta de oportunidade para exercer a função de técnico e disse que muitos amigos chamaram sua atenção para a discriminação nesse caso.

Acontece que não só os famosos, mas todos nós, não podemos usar a discriminação como mecanismo de fuga. "Pode ter sido ou foi discriminação?"__ Isso precisa ficar esclarecido!

Se não houve uma explicação para sua demissão, o técnico deve buscá-la. E se houver indícios de discriminação, por qualquer motivo que seja, está aí a oportunidade para um passo importante no combate á esse “mal social” em nosso país e nas repartições.

O técnico frisou muito na entrevista, sua experiência e qualidades...mais um motivo para continuar na sua carreira e buscar espaço em outros clubes.

Será que quando estava no clube, Andrade sentiu algum vestígio de discriminação? Ou Será que foi apenas a falta de técnicos negros à frente dos clubes que fez com que ele levantasse esse argumento?Não sei mas queria saber...

Os dados mostram que no perfil da classe média brasileira os negros foram os que mais ascenderam socialmente integrando hoje a classe média brasileira. Os desafios estão aí todos os dias, as faltas de oportunidades também....o problema é que muitos só se dão conta quando perdem espaço.

Esse caso do Andrade e muitos outros são flagelos do processo de socialização da ocupação dos negros nos espaços de poder. Nos tribunais, na mídia, no futebol...as barreiras estão começando a ser quebradas e as reações a esse processo são adversas. Cada um tem a sua!

Para combater a discriminação, ela tem que ser punida, principalmente quando envolve empresas e organizações.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MEC abre prazo para universidades atualizarem dados do ProUni

As instituições de educação superior que participam do Programa Universidade para Todos (ProUni) têm de atualizar os dados das bolsas concedidas a partir desta segunda-feira (13), segundo portaria da Secretaria da Educação Superior (Sesu), do Ministério da Educação, publicada no Diário Oficial da União. O prazo vai até 24 de setembro.

A atualização dos dados se refere às bolsas concedidas no segundo semestre deste ano. Segundo a Sesu, as instituições devem confirmar o número de beneficiados no sistema do programa no site do ProUni. No processo de inscrições do ProUni deste semestre, foram oferecidas 60.488 bolsas de estudo, sendo 39.113 bolsas integrais e 21.375 bolsas parciais – de 50% da mensalidade – em 1.255 instituições de ensino superior, de acordo com o MEC.

Portal Aprendiz

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Entidades estudantis convocam cibermilitância em defesa do Pacto pela Juventude




As 67 organizações representantes da Sociedade Civil que compõem o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), entre elas a UNE, UBES e ANPG, estão convocando todas as suas redes em defesa do Pacto pela Juventude 2010



O documento traz as propostas para a construção conjunta de uma agenda pública de juventude condensadas em 12 eixos temáticos que tratam de incentivo, marco legal, educação, trabalho, políticas afirmativas, cidadania, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, moradia, acesso a terra e participação.

O objetivo das entidades estudantis é mobilizar grupos em todo o país para contribuir com o debate nos estados e municípios sobre a importância de comprometer o poder público com as pautas do movimento juvenil.

“Dessa forma queremos garantir os direitos da juventude. Consolidar as políticas públicas como políticas de Estado deve ser uma resposta aos desafios de desenvolvimento do Brasil”, destaca o vice-presidente do Conjuve, João Vidal.

A idéia é fazer com que os candidatos e candidatas aos governos federal, estaduais e municipais se comprometam com o planejamento de políticas públicas de juventude em suas plataformas eleitorais e, posteriormente seu desenvolvimento entre as ações de governo.

UNE, UBES, CUCA e ANPG se mobilizam
"A UNE faz uma movimentação muito parecida com o Pacto da Juventude, que é o Projeto UNE Pelo Brasil. Para nós, é muito importante casar a mobilização de divulgação desses dois documentos. O pacto amplia o potencial de reivindicação de políticas públicas de juventude. A UNE vem mobilizando a rede do movimento estudantil pelo Brasil para garantir que as nossas pautas sejam apresentadas, sempre com campanhas conjuntas", explica a diretora da UNE e integrante do Conjuve, Marcela Rodrigues.

A presidente da Associação Nacional dos Pós Graduandos (ANPG), Elisangela Lizardo, diz ser fundamental o compromisso dos candidatos com o Pacto. Para ela é necessário a rede do movimento estudantil garantir o compromisso do poder público com a educação a ciência e a tecnologia. “A ANPG pretende realizar atividades de assinaturas. Vamos reunir a nossa diretoria e pensar formas para isso acontecer neste último mês das eleições”, destaca.

Para o representante do Circuito Universitário e Cultura e Arte (CUCA) da UNE no Conjuve, Alexandre Santini, o Pacto representa a consolidação do esforço conceitual do que foi feito em programas de políticas públicas para a juventude nesse ultimo período. “Junto à juventude que atua nos Pontos de Cultura, o CUCA também está mobilizando a sua rede, procurando dessa forma incorporar outros segmentos a esse debate. A questão da cultura está bastante contemplada no Pacto, uma vez que as resoluções da Conferência Nacional abordam muitos pontos importantes relacionadas à juventude e a cultura. Isso pode agora ser efetivado como política de estado”, disse.

Já o presidente da UBES, Yann Evanovick, garante que toda a rede da entidade estará mobilizada para garantir a divulgação do Pacto. "Para a UBES é de fundamental importância que o jovem, além de votar, saiba em quem irá depositar o seu voto, analisando, de fato, o candidato que esteja comprometido com a juventude. O documento legitima o compromisso do candidato com a juventude brasileira, portanto, quem assinou esse documento, tem apoio incondicional da nossa entidade", declara.

Cibermilitância: @pactojuventude #pacto2010
Qualquer pessoa pode realizar uma atividade do Pacto pela Juventude. É só mobilizar a sociedade e convidar candidatos e candidatas para assinarem a proposta. Todas as informações, incluindo "passo-a-passo" sobre como realizar uma atividade do Pacto você encontra no Blog: www.pactopelajuventude.wordpress.com.

Todas as atividades do Pacto pela Juventude, assim como a lista dos candidatos que aderirem a essa ideia, serão divulgadas no blog do Pacto pela Juventude e no twitter: @pactojuventude. A hashtag usada é #pacto2010.

A UNE, UBES e ANPG convocam toda a rede do movimento estudantil para participar da campanha em defesa do “Pacto pela Juventude”. Por meio do twitter das entidades pretende-se fazer uma grande “passeata virtual”. Participe e divulgue aos seus seguidores no twitter.
www.une.org.br
Rafael Minoro

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sim, a UNE tem um lado”. Confira a segunda parte da entrevista com Augusto Chagas





Presidente da entidade fala sobre o posicionamento dos movimentos sociais e dos estudantes nas eleições 2010, além de comentar o envolvimento atual dos jovens com a política




No último dia 11 de agosto, em comemoração ao aniversário dos 73 anos da União Nacional dos Estudantes (UNE), o portal Estudantenet publicou a primeira parte da entrevista com o presidente da entidade, Augusto Chagas. Em 2010, o aniversário da UNE acontece em meio a mais um processo eleitoral que definirá os rumos do país para o futuro próximo.

Segundo Augusto, a UNE decidiu não apoiar nenhuma candidatura, mas tem um lado nesse debate: “Nossa plataforma está situada na mesma direção das cartas de unidade do movimento social com foco para os problemas que afetam a nossa juventude e os estudantes”, afirma.

O presidente da UNE, cuja gestão se estende até 2011, ainda comenta a necessidade de participação popular no processo eleitoral e o envolvimento dos jovens com a política. Segundo ele, é equivocado dizer que a atual geração é desmobilizada: “O jovem sempre foi e sempre será aquele que vê uma injustiça e não acha normal, porque ele não é conformado com os problemas do mundo”.

Leia a entrevista completa abaixo:

Entre maio e junho deste ano, os movimentos sociais realizaram agenda intensa de atividades, com a assembléia da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e a Conclat, um encontro histórico das centrais sindicais no Pacaembu. Como foi a participação da UNE nestes dois encontros?

Tivemos participação intensa em ambos, no primeiro como realizadores e no segundo apresentando nossa opinião. Ambos os processos foram especialmente marcantes e históricos, representando uma convergência, às vezes difícil, porém inevitável dos movimentos sociais brasileiros em uma plataforma única de demandas. Foi emocionante absorver a diversidade desse momento e, tenho certeza, que os estudantes são um dos eixos fundamentais dessa transformação. Vivemos um momento de unidade política dos movimentos como há muito não se via no Brasil, para conduzir o país a uma sociedade de direitos para as camadas populares.

Em ambos os encontros foram aprovadas plataformas políticas de reivindicações dos movimentos sociais. Qual a sua avaliação sobre os documentos? O que eles trazem de avanços e quais são as principais bandeiras para o próximo período?

Acho que as resoluções aprovadas demonstram a maturidade do movimento social brasileiro e a convicção de alguns caminhos que devem ser percorridos. Eu diria que ambos podem ser traduzidos da seguinte maneira: consideram que o Brasil tem passado por um momento de avanços para os trabalhadores e que políticas derrotadas, como as privatizações e o corte de direitos, não podem retornar a agenda nacional; por outro lado, insistem que é necessário aprofundar muito as mudanças iniciadas e, para isso, é necessário romper com certos setores, em especial a lógica de “superávit-juros” que saqueia os cofres públicos e na democratização da mídia que está concentrada na mão de interesses elitistas e anti-nacionais.

A UNE também aprovou recentemente a sua plataforma política, inclusive se colocando independente diante do processo eleitoral, declarando o não-apoio a nenhuma candidatura. Como foi construído este documento e o que ele traz de avanços para a educação e para a juventude?

Aprovamos nossa plataforma e nossa postura no último CONEG [Conselho Nacional de Entidades Gerais], que aconteceu em abril no Rio de Janeiro. Nossas decisões seguiram na mesma direção das cartas de unidade do movimento social com foco para os problemas que afetam a nossa juventude e os estudantes. Abordamos temas como o desafio do acesso a educação no Brasil, a reivindicação do patamar de financiamento mais elevado, o desafio da permanência na educação através de políticas de assistência estudantil e do aperfeiçoamento da relação educação-trabalho. Enfim, são vários pontos que estamos apresentando aos diversos candidatos e a sociedade para que conheçam nossa opinião e para contribuir com o debate que a sociedade fará nestas eleições.

A UNE tem lado? Porque se manter independente na disputa política?

A UNE tem lado, com certeza. Sempre lutou pela democracia, pelos estudantes e pelos trabalhadores! O fato é que a UNE não é um partido político. São eles quem devem ter candidatos. Nossa melhor contribuição são as idéias, e nosso compromisso é com as mudanças que acreditamos necessárias ao Brasil. Além disso, a UNE tem uma característica muito valiosa: nossa pluralidade de opinião. Mesmo na nossa diretoria, participam diretores das mais diversas opiniões e correntes políticas e que terão candidatos a presidente diferentes. Forçar uma maioria para definir o apoio a um candidato, por exemplo, faria a UNE “menor”, já que excluiria uma parte destas lideranças da nossa atividade cotidiana. A pluralidade e a unidade da UNE são grandes patrimônios do movimento estudantil brasileiro e devemos a todo o momento preservá-los.

Temos acompanhado pelos jornais um clima de intensa polarização entre as duas campanhas presidenciais. Qual a sua avaliação sobre as eleições 2010? Como garantir que o processo seja democrático e tenhamos uma eleição limpa?

A sociedade precisa participar, esta é a única maneira. Com a concentração e os vícios dos meios de comunicação no Brasil, se deixarmos por conta deles a eleição vira uma fantasia. Sabemos que a maioria deles apóia um candidato e, ao invés de declararem este apoio, como acontece em vários países do mundo, aqui eles fingem hipocritamente uma suposta independência. Por isso que acredito que precisamos fortalecer a capacidade da sociedade se organizar, de se mobilizar e, desta forma, travarmos os debates que de fato interessam ao povo. Protagonismo popular é a única arma contra a despolitização que só interessa a elite dominante. Os estudantes por sua capacidade mobilizadora têm um imenso papel nisso!

Vez ou outra, principalmente com a proximidade de eleições, algumas pessoas levantam a questão: o jovem está menos envolvido com a política. Qual a sua opinião?

Acho uma grande balela. O jovem sempre foi e sempre será aquele que vê uma injustiça e não acha normal, porque ele não é conformado com os problemas do mundo. Por isso que a relação dele com a política é altruísta, é menos preocupada com os problemas pessoais dele e sim com os problemas que afligem a maioria da sociedade. E o Brasil tem muita tradição de participação dos jovens. Em todos os momentos importantes na história os jovens e os estudantes estavam lá, deixando sua digital. Este é um patrimônio da história brasileira!

Rafael Minoro
www.une.org.br

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Enem 2010 será única forma de seleção em pelo menos 23 universidades federais




Em 20 destas instituições será utilizado o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do MEC (Ministério da Educação) – e o candidato desembolsa apenas a taxa de inscrição para o Enem, que foi de R$ 35



Nas outras três, as próprias universidades vão organizar os processos seletivos. Na UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) o vestibulando terá que pagar inscrição em separado para concorrer às vagas. A Ufopa (Universidade Federal do Pará) e a Unilab (Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira) ainda não divulgaram se cobrarão pela inscrição.

Dentre as 59 universidades federais, 18 vão escolher apenas uma parcela de seus novos alunos por meio do Sisu, com nota do Enem – e vão manter seus vestibulares tradicionais paralelamente. A porcentagem de vagas destinadas ao Sisu varia de 10 a 60%.

Algumas das instituições, como a Ufla (Universidade Federal de Lavras), em Minas Gerais, a UFPI (Universidade Federal do Piauí) e a UFPB (Universidade Federal da Paraíba), ainda estão em fase de transição – estão terminando processos de avaliação seriada, em que os estudantes fazem provas no decorrer do ensino médio, antes de adotarem o Enem como seleção única.

Enem como parte da nota
Outras, como a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), usam o Enem para alguns cursos. A UFBA realiza seleção própria para os cursos tradicionais e oferta todas as vagas dos bacharelados interdisciplinares e dos cursos superiores de tecnologia pelo Sisu. Já a Unifesp utiliza a nota do Enem como primeira fase em sete cursos incluindo a concorridíssima graduação de medicina; os demais disponibilizam vagas pela seleção pelo Enem.

Há, ainda, instituições que irão substituir a primeira fase do processo seletivo pela nota do Enem. São elas: UFPA (Universidade Federal do Pará), Unir (Universidade Federal de Rondônia), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), UFU (Universidade Federal de Uberlândia), Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).

Na Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), na UFV (Universidade Federal de Viçosa), na UFSJ Universidade Federal de São João Del Rei), na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro), na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e na UFPR (Universidade Federal do Paraná) o resultado do exame será utilizado para complementar a nota final do candidato.

Somente a Unifap (Universidade Federal do Amapá), UFG (Universidade Federal do Goiás) e Unifal (Universidade Federal de Alfenas) não definiram a forma de utilização da nota do exame. Em outras quatro instituições, o Enem será usado apenas para preencher vagas remanescentes, como na UnB (Universidade de Brasília).

O primeiro levantamento do uso da nota do Enem nas universidades federais em 2011, feito pelo UOL Vestibular, foi divulgado em 8 de julho. Nesta data, algumas faculdades apenas recomendavam a inscrição no exame, mas não indicavam como usariam a nota. Foi o caso da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) e da Furg (Fundação Universidade Federal do Rio Grande) que aderiram integralmente ao Sisu. E, também, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que decidiu disponibilizar 60% das vagas pelo sistema unificado: 20% para cotas sociais e 40% pelo sistema universal.

O que é o Enem
O Enem é organizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Mais de 4,6 milhões de estudantes se inscreveram para participar exame esse ano. Exatamente 4.611.441 candidatos são esperados para fazer as provas nos dias 6 e 7 de novembro.

As provas terão a mesma estrutura do ano passado. Vão abranger as áreas de linguagens e códigos, ciências da natureza, matemática e ciências humanas. O exame terá quatro provas objetivas de múltipla escolha, com 45 questões cada uma, e redação. A novidade este ano serão as questões de língua estrangeira (inglês ou espanhol) na área de linguagens e códigos.

No primeiro dia do exame, um sábado, serão aplicadas as questões de ciências da natureza e ciências humanas. A prova começa às 13h e vai até as 17h30. No domingo, das 13h às 18h30, será a vez de matemática, linguagens e códigos e da redação.

Da Folha de S. Paulo