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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sim, a UNE tem um lado”. Confira a segunda parte da entrevista com Augusto Chagas





Presidente da entidade fala sobre o posicionamento dos movimentos sociais e dos estudantes nas eleições 2010, além de comentar o envolvimento atual dos jovens com a política




No último dia 11 de agosto, em comemoração ao aniversário dos 73 anos da União Nacional dos Estudantes (UNE), o portal Estudantenet publicou a primeira parte da entrevista com o presidente da entidade, Augusto Chagas. Em 2010, o aniversário da UNE acontece em meio a mais um processo eleitoral que definirá os rumos do país para o futuro próximo.

Segundo Augusto, a UNE decidiu não apoiar nenhuma candidatura, mas tem um lado nesse debate: “Nossa plataforma está situada na mesma direção das cartas de unidade do movimento social com foco para os problemas que afetam a nossa juventude e os estudantes”, afirma.

O presidente da UNE, cuja gestão se estende até 2011, ainda comenta a necessidade de participação popular no processo eleitoral e o envolvimento dos jovens com a política. Segundo ele, é equivocado dizer que a atual geração é desmobilizada: “O jovem sempre foi e sempre será aquele que vê uma injustiça e não acha normal, porque ele não é conformado com os problemas do mundo”.

Leia a entrevista completa abaixo:

Entre maio e junho deste ano, os movimentos sociais realizaram agenda intensa de atividades, com a assembléia da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e a Conclat, um encontro histórico das centrais sindicais no Pacaembu. Como foi a participação da UNE nestes dois encontros?

Tivemos participação intensa em ambos, no primeiro como realizadores e no segundo apresentando nossa opinião. Ambos os processos foram especialmente marcantes e históricos, representando uma convergência, às vezes difícil, porém inevitável dos movimentos sociais brasileiros em uma plataforma única de demandas. Foi emocionante absorver a diversidade desse momento e, tenho certeza, que os estudantes são um dos eixos fundamentais dessa transformação. Vivemos um momento de unidade política dos movimentos como há muito não se via no Brasil, para conduzir o país a uma sociedade de direitos para as camadas populares.

Em ambos os encontros foram aprovadas plataformas políticas de reivindicações dos movimentos sociais. Qual a sua avaliação sobre os documentos? O que eles trazem de avanços e quais são as principais bandeiras para o próximo período?

Acho que as resoluções aprovadas demonstram a maturidade do movimento social brasileiro e a convicção de alguns caminhos que devem ser percorridos. Eu diria que ambos podem ser traduzidos da seguinte maneira: consideram que o Brasil tem passado por um momento de avanços para os trabalhadores e que políticas derrotadas, como as privatizações e o corte de direitos, não podem retornar a agenda nacional; por outro lado, insistem que é necessário aprofundar muito as mudanças iniciadas e, para isso, é necessário romper com certos setores, em especial a lógica de “superávit-juros” que saqueia os cofres públicos e na democratização da mídia que está concentrada na mão de interesses elitistas e anti-nacionais.

A UNE também aprovou recentemente a sua plataforma política, inclusive se colocando independente diante do processo eleitoral, declarando o não-apoio a nenhuma candidatura. Como foi construído este documento e o que ele traz de avanços para a educação e para a juventude?

Aprovamos nossa plataforma e nossa postura no último CONEG [Conselho Nacional de Entidades Gerais], que aconteceu em abril no Rio de Janeiro. Nossas decisões seguiram na mesma direção das cartas de unidade do movimento social com foco para os problemas que afetam a nossa juventude e os estudantes. Abordamos temas como o desafio do acesso a educação no Brasil, a reivindicação do patamar de financiamento mais elevado, o desafio da permanência na educação através de políticas de assistência estudantil e do aperfeiçoamento da relação educação-trabalho. Enfim, são vários pontos que estamos apresentando aos diversos candidatos e a sociedade para que conheçam nossa opinião e para contribuir com o debate que a sociedade fará nestas eleições.

A UNE tem lado? Porque se manter independente na disputa política?

A UNE tem lado, com certeza. Sempre lutou pela democracia, pelos estudantes e pelos trabalhadores! O fato é que a UNE não é um partido político. São eles quem devem ter candidatos. Nossa melhor contribuição são as idéias, e nosso compromisso é com as mudanças que acreditamos necessárias ao Brasil. Além disso, a UNE tem uma característica muito valiosa: nossa pluralidade de opinião. Mesmo na nossa diretoria, participam diretores das mais diversas opiniões e correntes políticas e que terão candidatos a presidente diferentes. Forçar uma maioria para definir o apoio a um candidato, por exemplo, faria a UNE “menor”, já que excluiria uma parte destas lideranças da nossa atividade cotidiana. A pluralidade e a unidade da UNE são grandes patrimônios do movimento estudantil brasileiro e devemos a todo o momento preservá-los.

Temos acompanhado pelos jornais um clima de intensa polarização entre as duas campanhas presidenciais. Qual a sua avaliação sobre as eleições 2010? Como garantir que o processo seja democrático e tenhamos uma eleição limpa?

A sociedade precisa participar, esta é a única maneira. Com a concentração e os vícios dos meios de comunicação no Brasil, se deixarmos por conta deles a eleição vira uma fantasia. Sabemos que a maioria deles apóia um candidato e, ao invés de declararem este apoio, como acontece em vários países do mundo, aqui eles fingem hipocritamente uma suposta independência. Por isso que acredito que precisamos fortalecer a capacidade da sociedade se organizar, de se mobilizar e, desta forma, travarmos os debates que de fato interessam ao povo. Protagonismo popular é a única arma contra a despolitização que só interessa a elite dominante. Os estudantes por sua capacidade mobilizadora têm um imenso papel nisso!

Vez ou outra, principalmente com a proximidade de eleições, algumas pessoas levantam a questão: o jovem está menos envolvido com a política. Qual a sua opinião?

Acho uma grande balela. O jovem sempre foi e sempre será aquele que vê uma injustiça e não acha normal, porque ele não é conformado com os problemas do mundo. Por isso que a relação dele com a política é altruísta, é menos preocupada com os problemas pessoais dele e sim com os problemas que afligem a maioria da sociedade. E o Brasil tem muita tradição de participação dos jovens. Em todos os momentos importantes na história os jovens e os estudantes estavam lá, deixando sua digital. Este é um patrimônio da história brasileira!

Rafael Minoro
www.une.org.br

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Enem 2010 será única forma de seleção em pelo menos 23 universidades federais




Em 20 destas instituições será utilizado o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do MEC (Ministério da Educação) – e o candidato desembolsa apenas a taxa de inscrição para o Enem, que foi de R$ 35



Nas outras três, as próprias universidades vão organizar os processos seletivos. Na UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) o vestibulando terá que pagar inscrição em separado para concorrer às vagas. A Ufopa (Universidade Federal do Pará) e a Unilab (Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira) ainda não divulgaram se cobrarão pela inscrição.

Dentre as 59 universidades federais, 18 vão escolher apenas uma parcela de seus novos alunos por meio do Sisu, com nota do Enem – e vão manter seus vestibulares tradicionais paralelamente. A porcentagem de vagas destinadas ao Sisu varia de 10 a 60%.

Algumas das instituições, como a Ufla (Universidade Federal de Lavras), em Minas Gerais, a UFPI (Universidade Federal do Piauí) e a UFPB (Universidade Federal da Paraíba), ainda estão em fase de transição – estão terminando processos de avaliação seriada, em que os estudantes fazem provas no decorrer do ensino médio, antes de adotarem o Enem como seleção única.

Enem como parte da nota
Outras, como a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), usam o Enem para alguns cursos. A UFBA realiza seleção própria para os cursos tradicionais e oferta todas as vagas dos bacharelados interdisciplinares e dos cursos superiores de tecnologia pelo Sisu. Já a Unifesp utiliza a nota do Enem como primeira fase em sete cursos incluindo a concorridíssima graduação de medicina; os demais disponibilizam vagas pela seleção pelo Enem.

Há, ainda, instituições que irão substituir a primeira fase do processo seletivo pela nota do Enem. São elas: UFPA (Universidade Federal do Pará), Unir (Universidade Federal de Rondônia), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), UFU (Universidade Federal de Uberlândia), Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).

Na Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), na UFV (Universidade Federal de Viçosa), na UFSJ Universidade Federal de São João Del Rei), na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro), na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e na UFPR (Universidade Federal do Paraná) o resultado do exame será utilizado para complementar a nota final do candidato.

Somente a Unifap (Universidade Federal do Amapá), UFG (Universidade Federal do Goiás) e Unifal (Universidade Federal de Alfenas) não definiram a forma de utilização da nota do exame. Em outras quatro instituições, o Enem será usado apenas para preencher vagas remanescentes, como na UnB (Universidade de Brasília).

O primeiro levantamento do uso da nota do Enem nas universidades federais em 2011, feito pelo UOL Vestibular, foi divulgado em 8 de julho. Nesta data, algumas faculdades apenas recomendavam a inscrição no exame, mas não indicavam como usariam a nota. Foi o caso da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) e da Furg (Fundação Universidade Federal do Rio Grande) que aderiram integralmente ao Sisu. E, também, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que decidiu disponibilizar 60% das vagas pelo sistema unificado: 20% para cotas sociais e 40% pelo sistema universal.

O que é o Enem
O Enem é organizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Mais de 4,6 milhões de estudantes se inscreveram para participar exame esse ano. Exatamente 4.611.441 candidatos são esperados para fazer as provas nos dias 6 e 7 de novembro.

As provas terão a mesma estrutura do ano passado. Vão abranger as áreas de linguagens e códigos, ciências da natureza, matemática e ciências humanas. O exame terá quatro provas objetivas de múltipla escolha, com 45 questões cada uma, e redação. A novidade este ano serão as questões de língua estrangeira (inglês ou espanhol) na área de linguagens e códigos.

No primeiro dia do exame, um sábado, serão aplicadas as questões de ciências da natureza e ciências humanas. A prova começa às 13h e vai até as 17h30. No domingo, das 13h às 18h30, será a vez de matemática, linguagens e códigos e da redação.

Da Folha de S. Paulo